quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Sobre "A rapariga que roubava livros"

Vi o filme e gostei muito.
Estou a ler o livro e estou a gostar muito.
Mostra o sofrimento do povo alemão sujeito ao nazismo...
Mostra outro tipo de resistência... o povo anónimo que vive o dia a dia da guerra e a resistência que implica a amizade, apesar do conflito e das privações...
A capacidade das crianças ainda poderem interagir como crianças, apesar de participarem, responsavelmente no mundo dos adultos...
É um filme de amizades, compromissos e lealdade.
Apesar do cenário da guerra, que é constante, e das contradições das pessoas, perante o que é imposto por um governo autoritário e repressivo, o filme consegue ter poesia e magia.
Claro que é uma história de ficção, mas muito bem contada.
Se alguém vier a ler esta mensagem, aconselho que o veja.

Ainda sobre Pete Seeger

Sou um pouco desorganizada, e nem sempre tenho à mão os documentos que preciso para escrever...
Tinha feito um rascunho, que perdi, sobre Pete Seeger. Por isso, agora, vou escrever de improviso.
Já não me lembro do primeiro contacto que tive com Pete Seeger, mas recordo que foi com a audição de "We shall overcome". A seguir, veio a procura de discos e de maior conhecimento deste cantor e interventor cívico americano.
Desde a minha adolescência que fui sensível à luta contra guerra. A guerra do Vietname, assim como a guerra colonial portuguesa, foram dos primeiros acontecimentos que me formaram na luta pela Paz Mundial. Pete Seeger foi um dos americanos que esteve sempre presente contra a guerra do Vietname, fazendo da sua música uma arma ao serviço dos mais desfavorecidos e contra as injustiças sociais, sobretudo nos EUA.
Pete Seeger foi um Homem que, se tivesse sido possível, eu gostaria de ter conhecido...
Pete Seeger também cantou os anos da Depressão, as Lutas dos Mineiros e de todos os Explorados... também cantou a música folk (popular) que é tão rica porque o povo americano recebeu, ao longo dos tempos, influências variadas de tradições diferentes, ainda que, na sua maioria oriundas da Europa.
Como tantas outras personalidades que eu aprendi a conhecer, através da sua obra, Pete Seeger também está arrumadinho num cantinho especial do meu coração.
A memória impede o esquecimento e eu gosto de guardar alguns pequenos momentos que me fazem bem, nem que seja ouvir e ouvir e ouvir as mesmas músicas (também se passa com filmes e, por vezes, com livros)...
Nem sempre vou ao fundo das questões e fico um pouco superficial nas minhas abordagens, com muitos trabalhos inacabados. Isto faz-me ser muito dispersa e quase só trabalhar sob pressão... Mas eu sou assim...
Tenho escrito menos no blogue, mas também ninguém me lê... e torna-se um ciclo vicioso...
Bem, só escrevo quando me sinto capaz de transmitir algo que me faça sentir empenhada e sensível a acontecimentos, pessoas, obras literárias, cinema, poesia, música...
Pete Seeger, até sempre amigo
Olmanita