quinta-feira, 8 de julho de 2010

Matilde Rosa Araújo

Na minha infância conheci alguns dos seus poemas do livro "O livro da Tila". Levei os seus livros para as escolas onde trabalhei... e com as crianças leram-se, declamaram-se, mimaram-se alguns poemas...
Hoje sinto que se perdeu mais uma grande Mulher do nosso país.
As pessoas nunca partem porque permanecem!
E agora um poema de Matilde Rosa Araújo. Há tantos!...
Mas este é nostálgico não pela infância perdida, mas pelas boas recordações dessa mesma infância... A tristeza está na impossiblidade de se repetirem determinados acontecimentos... A alegria está em preencher a vida de uma forma útil e isso aconteceu com esta grande Mulher.

Cavalinho, cavalinho

Cavalinho, cavalinho,
Que baloiça e nunca tomba:
Ao montar meu cavalinho
Voo mais que uma pomba!

Cavalinho, cavalinho,
De madeira mal pintada:
Ao montar meu cavalinho
As nuvens são minha estrada!

Cavalinho, cavalinho,
Que meu pai me ofereceu:
Ao montar meu cavalinho
Toco as estrelas do céu!

Cavalinho, cavalinho,
Já chegam meus pés ao chão:
Ao montar meu cavalinho
Que triste meu coração!...

Cavalinho, cavalinho,
Passou tempo sem medida:
Tu continuaste baixinho
E eu tornei-me tão crescida.

Cavalinho, cavalinho,
Porque não cresces comigo?
Que tristeza, cavalinho,
Que saudades, meu Amigo.

domingo, 4 de julho de 2010

A propósito da Paz

Hoje é domingo e são 18h.
Fui à FNAC e comprei prendas, claro que foram livros...
Bem, depois foi a vez dos DVDs... e comprei, para mim, um de que já tinha ouvido falar "Feliz Natal"...
Pensei que ia gostar, mas tanto, não fazia ideia...
É verdade, gostei muito, mas mesmo muito!

Sobre ele, que acabei de ver, registo:

Acabei de ver o DVD "Feliz Natal". O filme baseia-se em momentos verídicos passados nas trincheiras, durante a primeira guerra mundial. Esses momentos referiam que em diversos lugares em que se vivia a guerra nas trincheiras, soldados franceses, alemães e britânicos confraternizaram na véspera do Natal...
O filme é um Hino à Paz, à Compreensão, à Tolerância... Mas dá que pensar...
Ainda tenho as lágrimas nos olhos e alguma perplexidade.
Depois daquele dia de partilha, a guerra continuou e outras vieram e a humanidade não sabe preservar o que de bom pode construir.
Tenho uma ideologia que agarro com todas as minhas forças racionais, emotivas e físicas. Serei sempre leal aos ideais que aprendi a defender desde a minha juventude.
Tenho amigas/colegas noutros quadrantes ideológicos e, sem abandonar os meus ideais, também lhes sou leal.
Sinto-me feliz por viver num país em que se luta, mas sem guerra...
Decididamente, eu sou uma acérrima defensora da Paz em todo o Mundo.
A guerra é engendrada por motivações mesquinhas e aniquila os povos...
Viva A Paz!
Vivam os Povos do Mundo!
Pela Paz no Mundo!